ATENÇÃO NACIONAL: FAÇA A SUA PARTE!

Com apenas dez minutos semanais você pode ajudar a acabar com o mosquito Aedes aegypti. É preciso prevenir o ano todo, tanto nas zonas urbanas, quanto nas rurais

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Estamos no verão, tempo de muito sol, calor, pancadas de chuvas e muita humidade, condições propícias para a proliferação de várias enfermidades, entre elas a conhecida Dengue, uma doença séria que assombra todo o Brasil. Em casos mais graves pode, inclusive, levar à morte. Trata-se de uma doença infecciosa febril que dura um pouco mais de uma semana e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, da família Flaviridae. Atualmente, o mosquito também transmite a febre Chikungunya e o Zika Vírus.

A Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais – ACGHMG e o Jornal Holandês fazem parte da campanha para erradicação do mosquito Aedes aegypti, por isso nesta edição trazemos importantes dicas e mitos sobre esse pequeno e grande mosquito que assombra todas as famílias brasileiras, tanto nos centros urbanos, quanto rurais.

Para enfrentar a Dengue é preciso a união de toda sociedade para que cada um faça a sua parte. Mas, o que você faz para eliminar o foco do mosquito? Você já parou para pensar nisso? Pois bem, saiba que se você tirar dez minutos semanais para fazer uma vistoria na sua casa, na escola ou no ambiente de trabalho é possível acabar de vez com esta doença. Foi pensando nisso, que a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – SES-MG a campanha de mobilização, controle e enfrentamento 10 Minutos Contra a Dengue.

A dengue é uma doença febril aguda, causada pelos vírus DENV1, DENV2, DENV3, DENV4 transmitida pela picada de mosquitos do gênero Aedes, infectados, sendo o Aedes aegypti e o Aedes albopictus os principais vetores. No Brasil os registros apontam para a transmissão somente pelo vetor Aedes aegypti que está amplamente distribuído em função das condições climáticas favoráveis. O Estado de Minas Gerais, estrategicamente dividido em 28 Unidades Regionais de Saúde, conta com a presença deste inseto em todas elas, tendo sido registrado nos últimos anos em grande porcentagem de seus municípios. Recentemente foi confirmada no Brasil a circulação de dois outros vírus também transmitidos pelo Aedes aegypti, responsáveis pelas febres Chikungunya e Zika, ainda sem transmissão em Minas Gerais. Esse mosquito está em todos os lugares e a zona rural não está livre dele, por isso o produtor deve ficar atento as instalações da fazenda.

Em 2015, o estado registrou, 189.602 casos prováveis de dengue, segundo informações do SINAN-Online. De um total de 28 Unidades Regionais de Saúde, 16 apresentaram óbitos e as que mais se destacaram no número de óbitos foram Divinópolis com 14 (20,8%), Uberlândia e Uberaba com 10 (14,9%), Belo Horizonte com 9 (13,4%) e Varginha com 7 (10,4%). Observa-se, em 2015, a predominância de óbitos nas faixas etárias entre 50-64 anos e entre 35 a 49 anos de idade, respondendo por 29,8% e 20,8%, respectivamente, das ocorrências confirmadas. A maior parte dos pacientes dessas faixas etárias possuem relatos de comorbidades como hipertensão, diabetes e outras antes da ocorrência de infecção por dengue.

É preciso fazer a prevenção o ano todo, tanto nas zonas urbanas, quanto nas rurais. O esforço conjunto fará a diferença. Em caso de suspeitas procure logo o seu médico.

Mais informações: www.saude.mg.gov.br/dengue

Confira alguns cuidados simples que evitam a transmissão

# Há alguns cuidados específicos para as fazendas. Vale ressaltar, não deixar água parada, qualquer lugar de água parada (como aqueles para animais) pode virar criadouro para o mosquito. No caso dos locais para animais beberem água, por exemplo, é indicado lavar constantemente com água e sabão;

# Os produtores também devem ficar atentos com os cochos e locais utilizados para a armazenagem de grãos;

# Mantenha a casa limpa e sem água parada para evitar os possíveis criadouros: nada de manter pratinhos de plantas com água, garrafas pet ou qualquer objeto que facilite o acúmulo de água;

# Dê um cuidado especial ao armazenamento e destinação do lixo. Jamais descarte qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos. Latas, caixas de leite e similares, é recomendável retirar o fundo para descartar;

# Mantenha as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água nas mesmas;

# Mantenha limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos; a água deve ser trocada diariamente;

# Mantenha piscinas devidamente tratadas;

# Banheiros pouco utilizados devem ser constantemente limpos, incluindo os ralos;

# Se for indispensável guardar pneus e garrafas vazias, eles devem ser armazenados em locais cobertos, e as garrafas sempre viradas com a boca para baixo;

# Cuidados extras para reservatórios de água: caixas de água devem estar bem tampadas e vedadas. Se optar em armazenar água das chuvas, é importante que tampe bem os recipientes;

# Observe também se seus vizinhos estão agindo da mesma forma.

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CURIOSIDADE

É fácil reconhecer as larvas: elas fogem da luz

O A. aegypti adulto é fácil de reconhecer: as listras brancas nas patas são visíveis sem dificuldades. Outra informação importante é que o mosquito tem fotofobia

(ou seja: ele tem grande aversão a luz). As larvas do A. aegypti fogem da luz, diferentemente das larvas de outros mosquitos urbanos. Por isso, quando a pessoa está em dúvida se a larva que foi encontrada é de A. aegypti ou não, uma saída eficiente é usar uma lanterna para iluminar as larvas, ou produzir sombra sobre a água em que há larvas junto à superfície em local claro. Se elas fugirem, fica confirmado que é A. aegypti. O mosquito adulto também tem esta característica e é muito arisco, se desloca com muita velocidade.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

DÚVIDAS FREQUENTES

Existe mais de um tipo de vírus da Dengue?

Sim. São quatro tipos, sendo eles o DENV-I, DENV-II, DENV-III e DENV-IV. Com esses vírus, as pessoas que já foram infectadas podem novamente ficar doentes e desenvolver a forma grave da dengue que, se não for tratada, pode levar à morte. Uma pessoa que já teve Dengue pode pegar novamente? Sim, isso é possível. Porém, a mesma pessoa nunca fica doente por causa do mesmo tipo de vírus, mas poderá ser contaminada pelas outras três espécies de vírus da Dengue.

Como é o tratamento da Dengue, de um modo geral?

Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios sob prescrição médica que aliviem os sintomas.

Como evitar a Dengue?

A maneira de evitar a dengue é eliminar qualquer foco de água parada no qual o mosquito possa se reproduzir. Todas as pessoas devem cuidar de suas casas e locais de trabalho de modo que consigam manter o ambiente sempre limpo e longe de qualquer possibilidade de acúmulo de água.

Gestantes podem utilizar repelente com o mosquito da Dengue?

Podem, sim. Elas devem escolher os repelentes com DEET na versão para adultos (15%) com até 6 horas de duração e não a versão infantil, que tem apenas 6 a 9% do ativo e duração mais curta (2 horas). Após a aplicação o repelente evapora e forma uma “nuvem” de aproximadamente 4 cm em volta da pele que repele o inseto. Assim, não é recomendado usar o repelente por baixo das roupas, mas por cima dos tecidos e apenas na pele exposta (braços, colo, pernas, pés). Desta forma, primeiro se usa-se hidratantes, filtros solares, maquiagem e o repelente deve ser o último produto. Além disso, a segurança para a utilização de repelentes ambientais e inseticidas em ambientes frequentados por gestantes depende da obediência a todos os cuidados e precauções descritas nos rótulos dos produtos.

Inseticidas naturais funcionam para afastar o mosquito da Dengue?

Não. Os inseticidas “naturais” à base de citronela, andiroba e óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia. Todos os produtos repelentes ditos como “naturais”, comumente comercializados como velas, odorizantes de ambientes, limpadores e os incensos, que indicam propriedades repelentes de insetos, não estão aprovados pela Anvisa.

Fonte: Ministério da Saúde