Conheça a importância desse profissional para a sua propriedade
O Zootecnista contribui para o avanço do setor agropecuário na produção animal e está presente na criação, manejo e melhoria genética dos rebanhos brasileiros. Pensando nisso, em 2016, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) traz como tema da campanha do Dia do Zootecnista a importância do profissional na criação, manejo e melhoria genética dos rebanhos brasileiros.
Com dedicação, pesquisas e uso de novas tecnologias, o profissional torna possível o aumento da produtividade, garantindo o bem-estar animal e a sustentabilidade no campo.
PRINCIPAIS ATIVIDADES
De modo geral, as tarefas dos zootecnistas incluem: avaliar geneticamente o rebanho; estudar processos e regimes de criação; planejar e avaliar as instalações utilizadas para a criação de animais; selecionar os animais para formação do rebanho matriz para reprodução; determinar o sistema e as técnicas a serem usados em cruzamentos; determinar o sistema e as técnicas a serem usados no pasto; pesquisar as necessidades nutricionais do rebanho e estabelecer a DIETA adequada aos animais; verificar as condições de higiene e da alimentação dos animais; supervisionar a vacinação, a medicação e inseminação dos animais; determinar e acompanhar formas padronizadas de abate, preparação e armazenamento; realizar a supervisão técnica das exposições oficiais de animais. Os que se dedicam à administração têm de: organizar a produção animal da fazenda; planejar as instalações; estabelecer programas de qualidade; desenvolver novos métodos de exploração; acompanhar preços; comprar e vender animais. As atividades no campo de estudos e pesquisa são: fazer pesquisa genética em laboratório, para conseguir espécies de melhor qualidade, mais resistentes e mais férteis; estudar sistemas de cruzamento; estudar o aperfeiçoamento dos métodos de abate; pesquisar novos produtos de origem animal para os quais existe demanda; estudar novos tipos de alimento e complementos alimentares para os animais; aperfeiçoar métodos de armazenagem; aperfeiçoar métodos de tratamento e despejo de resíduos, para preservação do meio ambiente.
MELHORAMENTO GENÉTICO
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a utilização de genética avançada e o manejo de pastagem foram os maiores responsáveis pela evolução do setor pecuário.
O estímulo ao confinamento, a recuperação de pastagens e a aquisição de matrizes e reprodutores de genética comprovada constam, por exemplo, em linhas específicas dos planos do governo de incentivo à produção agropecuária. Tanto trabalho e dedicação também refletem na economia brasileira, em especial na balança comercial do agronegócio e no Produto Interno Bruto (PIB) do País.
Hoje, o agronegócio é responsável por cerca de 22% do PIB brasileiro, de acordo com o Ministério da Agricultura.
MANEJO ALIMENTAR
A obtenção de um padrão de produção e comercialização, garantindo a rentabilidade dos rebanhos, se deve não só ao melhoramento genético, mas também ao manejo alimentar. Levando em conta os hábitos do animal, as condições climáticas e o manuseio do alimento, o objetivo é garantir aos animais uma nutrição adequada para seu crescimento e desenvolvimento, com a utilização de alimentos de qualidade e nas quantidades corretas.
Para garantir que tais condições sejam alcançadas, o zootecnista desenvolve suplementos alimentares e pesquisa as necessidades nutricionais do rebanho. Tudo isso feito de forma ética e sustentável.
Atualmente estão registrados no Sistema CFMV/CRMVs e atuam como zootecnistas cerca de 8.800 profissionais.
CURIOSIDADE
O Zootecnia nasceu na França, no Instituto de Versalhes em 1848, embora inicialmente fosse voltada para os animais domésticos. No Brasil, profissionais de medicina veterinária e Agronomia, trouxeram esse estudo para o Brasil em 1951, fundando a Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ), fato que foi fundamental para a consolidação da profissão no país. Em 1966 a Pontifícia Universidade Católica (PUC) fundou o primeiro curso de Zootecnia, em Uruguaiana (RS), mas a regulamentação da profissão se deu em 1968, pela lei n°5550. O Conselho Regional de Medicina Veterinária é o órgão que fiscaliza a profissão. A área está em constante expansão, vários campos estão sendo abertos para o mercado, como o do agronegócio.
Fontes: CFMV e Brasil Profissões