O novo presidente da ABCBRH, Reinaldo Figueiredo fala sobre empreendedorismo no negócio do leite
Foto arquivo pessoal
“Conheço pequenos produtores que são grandes, e grandes produtores que são pequenos, a diferença está na criatividade, no modo como conduz sua propriedade; ser pequeno não é vergonhoso, é nobre, todo grande um dia foi pequeno, mas para isso temos que acreditar e estudar muito”. Palavras do nosso sábio entrevistado, um criador simples, pé no chão e com muitas ideias novas. Você imagina de quem estamos falando?
O JORNAL HOLANDÊS traz uma entrevista exclusiva com o novo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – ABCBRH, Reinaldo Carlos Figueiredo, 41 anos, casado com Vanessa e pai de João Vitor (11) e Milena (9), que possui o vício do trabalho e zela pela perfeição. Formado há 17 anos em Medicina Veterinária, começou cedo em entidades de classe; aos 27 anos, foi Diretor de uma cooperativa no Paraná, coordenou quatro exposições na região e também fez parte do Conselho Técnico da Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – APCBRH. Ao mudar para Goiás, foi Vice-Presidente da Associação Goiana dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – AGCBRH, Presidente do Conselho Técnico da entidade e também convidado a participar do Conselho Técnico da Associação Brasileira.
Há mais de 30 anos na atividade leiteira, Reinaldo possui uma agenda lotada. Atualmente é diretor administrativo da Fazenda Figueiredo, localizada no Estado de Goiás e responsável por 100% da atividade leiteira na propriedade; tentando constantemente conciliar as várias funções administrativas e operacionais. Além disso, é Presidente da Associação Goiana de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – AGCBRH, Membro Titular da Comissão da Pecuária de Leite na Federação da Agricultura de Goiás – FAEG, Membro Titular da Comissão Nacional de Pecuária de Leite na CNA e 2º Vice Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite – Abraleite.
Ele nos conta como surgiu a paixão pela raça Holandesa, e fala sobre empreendedorismo, política, economia, sustentabilidade e o futuro no negócio do leite. Aproveitem as dicas!
JORNAL HOLANDÊS: Como começou a sua história na raça Holandesa?
REINALDO FIGUEIREDO: É uma longa história, mas vamos lá! Tudo começou em 1987 quando meu pai adquiriu quatro vacas Holandesas PO e quando as vi tive a certeza que era com aquilo que eu gostaria de trabalhar. A partir daí, com 12 anos, decidi fazer veterinária. Eu brinco que naquele momento foi feita uma “leitediálise” em mim, começou a correr leite em minhas veias.
JH: Como é a presença familiar nos negócios?
RF: Temos uma empresa no Agronegócio, além do leite trabalhamos com outras atividades. Muitos estão envolvidos, o meu pai Luiz, meu tio João, meu irmão Reginaldo, meus primos Leandro, Leticia e André, e claro, com o apoio da minha mãe Maria e minha tia Marcia. A família é grande e todos trabalham unidos.
JH: Me fale um pouco sobre a fazenda que administra.
RF: A propriedade produz atualmente 21.867 litros de leite ordenhando 662 vacas, sendo que a meta até o final do ano é ordenhar aproximadamente 1.000 vacas. O rebanho é 100% formado por vacas Holandesas. Assim que foi elaborado o plano genético da fazenda, o foco foi direcionado para conforto e muita saúde para as vacas além de vários investimentos em sustentabilidade, tecnologia e treinamento de funcionários.
ADMINISTRAÇÃO
JH: Como administra a fazenda?
RF: Passo o dia todo com a mão na massa! Sou de certa forma muito centralizador e gosto de fazer as coisas bem feitas, depois da equipe treinada, capacitada vou soltando aos poucos as rédeas.
No leite conto hoje com uma boa equipe, eles tocam toda a parte operacional, fico com tarefas administrativas e algumas operacionais, não abro mão de fazer o acasalamento das vacas, brincar com as bezerras, tirar as fotos para registros, acompanhar as classificações e toda a parte de investimento, construção é de minha responsabilidade, são 10 anos construindo!
JH: Como crescer no negócio do leite de forma coerente?
RF: É importante dar um passo por vez, não sou de fazer tudo de uma vez. Faz e veja se ficou bom! O leite não aguenta desaforos, então todo novo projeto deve ser muito bem pensado e planejado. Ter a fazenda na mão é fundamental, saber onde o calor aperta, onde são nossos limites, saber até onde podemos contar com um funcionário, e principalmente ter excelência e bons índices zootécnicos são fundamentais. Crescer de forma desorganizada é o início do fim.
Tenho uma teoria: nivelar por cima. Temos alguns produtores no Brasil que tendem a ser ineficientes, põe um sistema ineficiente e para aguentar esse sistema ineficiente põe uma vaca ineficiente, funcionários ineficientes, paga salários ineficientes, e com isso, tudo ao redor fica ineficiente e ele teima ser eficiente, vira um ciclo vicioso. Ressalto que temos muitos sistemas eficientes com vacas altamente eficientes e assim é muito mais fácil tornar nosso negócio eficiente”.
JH: Muitos falam que a crise é constante. Já números indicam que o agronegócio não foi afetado com a instabilidade política e econômica. Como administrar essas informações a seu favor?
RF: Nada pode ser visto e avaliado em um ano e sim em um período, cada vez os períodos vem sendo mais próximos, menores, temos muitas crises, não só as políticas e financeiras, a maior crise está dentro de nós mesmos! Tudo é planejamento.
Nosso agronegócio realmente passou por anos muito bons, os preços das commodities estavam em alta, mas em contrapartida nossos custos subiram ano após ano. Este ano a coisa inverteu, os preços caíram e os custos se mantiveram altos, agora é esperar para ver no que vai dar, mas o ano não será dos melhores, essa notícia que o agronegócio está bombando não é a realidade hoje.
Na contramão disso fica o produtor de leite, uma vez que as vacas comem produtos da commodities (basicamente milho e soja), com os preços menores aumenta nossa margem de lucro, mas temos que tomar muito cuidado pois quando a coisa está muito boa a certeza é que pode ficar ruim! Todo cuidado é pouco, vejam o que aconteceu com o mercado da carne.
JH: Criadores reclamam do preço pago pelo leite. Muitos desistem. Como você vê essa realidade?
RF: Tudo depende do ângulo que se vê as coisas. Temos que ser realistas: a produção de leite não é a mais rentável do agronegócio, a margem é muito estreita, e as dificuldades são enormes; por isso vários desistem no meio do caminho, a paixão às vezes pode atrapalhar o produtor. Temos que enxergar como um negócio, como uma empresa e não como um hobby, quem não enxerga assim realmente vai deixar a atividade.
JH: Como o pequeno, médio e grande produtor podem ter uma fazenda inteligente?
RF: A atividade leiteira não possui uma fórmula, cada um tem de se adaptar com as ferramentas que tem, cada um tem suas características, o Brasil é muito grande e com diversas possibilidades de produção de leite. Já vi muita coisa nessa minha pequena caminhada, mas quem está ganhando dinheiro é quem sabe administrar seu negócio de maneira inteligente, racional, sem vaidade; ter foco administrativo, cuidar da propriedade como se fosse uma verdadeira empresa, a eficiência que da saúde financeira ao negócio.
JH: Sustentabilidade é o tema do momento. Tem como ser sustentável gastando pouco e com lucro?
RF: Sim, essa é a essência, ser sustentável é ser autossuficiente, automaticamente gastando menos! Tudo tem seu custo, plantamos hoje para colher amanhã! Implantamos hoje para ter resultados amanhã, sou o exemplo vivo dessa teoria. Nós produtores de leite temos condições de sermos sustentáveis, em energia colocando biodigestor, em adubos usando fertirrigação e compostagem de esterco, aproveitando água de chuva para lavar as estruturas da fazenda, colocar placas solares para produção de energia, reaproveitar areia das camas das vacas, colocar fossas ecológicas nas casas dos funcionários, etc.. Tudo isso, temos um pouco em nossa fazenda.
JH: Tecnologia é gasto ou investimento?
RF: Logicamente que é investimento. O leite é uma atividade muito complexa e de baixa rentabilidade, sendo assim o único caminho, ao meu ver, é investir em tecnologia e escala. Não podemos ficar esperando que o mundo mude, nós temos que mudar com as mudanças que o mundo vem sofrendo, hoje as coisas são diferentes, se não nos adaptarmos não teremos sucesso!
JH: Quando é o momento certo de investir?
RF: Quanto existe um bom planejamento, pessoas para tocar esse negócio, um nicho de mercado ainda pouco explorado, alta afinidade e competência para tal atividade.
JH: Como driblar o problema da mão de obra?
RF: Mão de obra não é problema, pague o máximo que seu negócio puder pagar, treine, capacite, motive, dê condições de crescimento, traga a mão de obra para ajudar a tomar as decisões e você não terá um problema, e sim um amigo.
JH: Como vê essa polêmica gerada pelo Governo sobre a importação e exportação do leite?
RF: Isso é muito sério, polêmico e complicado! Nosso país vive de alianças com outros países, nós somos compradores de tecnologia e vendedores de alimento, essa é a nossa aptidão.
Quando se trata de leite, lidamos principalmente com o Uruguai e Argentina, nesse último temos um tratado de volume máximo a importar, portanto temos como controlar essa entrada, já no Uruguai a coisa é diferente, o leite basicamente é uma moeda de troca, não temos nenhum tratado de volume, a coisa não é regulamentada, não sabemos o quanto e nem o que entra! Depois de colocar água no leite tudo vira leite! Isso é um desastre nacional, nossa atividade vem sendo massacrada por essa política, algo urgente tem que ser feito, mesmo sabendo que já ocorreram várias conversas com o Uruguai, mas sem sucesso.
PRESENÇA NACIONAL
JH: Você é um criador muito presente na raça, não só no Estado de Goiás, mas no Brasil. Qual a importância de realizar esse movimento?
RF: Não sei se sou tão presente assim, mas parto do princípio que o maior poder que uma pessoa poda ter é a informação, tento a todo momento correr atrás dela, a informação está muito ligada a contato com as pessoas, é isso que procuro sempre estar fazendo.
JH: Porque as exposições são importantes para o negócio do leite?
RF: Exposições são as vitrines, quem não é visto não é lembrado! Além disso, elas servem para confraternizar, fazer muitos amigos, discutir assuntos técnicos, preço de leite, máquinas, funcionários, manejo, etc. e o mais importante, é que os criadores podem avaliar seu trabalho de melhoramento genético e manejo comparando seu animal com o animal de outro criador.
JH: Você ministra várias palestras pelo Brasil. Quais são os principais assuntos apresentados?
RF: Sempre levo informações de como conduzo nossa fazenda e nosso negócio, um pouco de motivação, genética, entre outros assuntos importantes para a produção de leite e gerenciamento da propriedade.
JH: Você acredita que esse tipo de ação pode fazer a diferença?
RF: Sim, hoje eu não seria ninguém se não buscasse motivação (por exemplo nas corridas de Fórmula 1 assistindo Ayrton Senna); se eu não tivesse a oportunidade de assistir palestras de criadores contando suas histórias, seus desafios seus acertos e seus erros, isso nos faz ser diferente, aprender com os erros dos outros.
JH: Você tem representado a ABCBRH em reuniões em Brasília, no CNA. Efetivamente, o que isso significa para a raça Holandesa? O que poderá gerar em mudanças na vida dos produtores de leite?
RF: Ter um representante na CNA é para mim de extrema importância, independente de quem seja, temos que mostrar nossa cara, nossa raça tem que ter representação. Ter alguém que possa olhar, defender e principalmente lutar pelos nossos interesses é fundamental para a vida de qualquer produtor, seja ele pequeno, médio ou grande.
ASSOCIAÇÃO
JH: Você pretende ser um presidente inovador?
RF: Não sei se serei inovador, vontade e planos tenho muitos, mas vou depender de ajuda e apoio de todos para que nossos objetivos serem alcançados. Somos uma associação, não tenho o direito de fazer o que nossos sócios não querem, mas tenho o dever de fazer o que reivindicam.
JH: No seu ponto de vista, qual é o papel real da Associação Brasileira?
RF: A Associação Brasileira é a tutora da raça, ela que responde ao Ministério da Agricultura, tudo e qualquer forma de lei passa pela Brasileira, temos o dever de vistoriar e criar padrões de serviços para as filiais, só não temos o contato com os criadores, que é de responsabilidade das filiadas.
JH: Todos sabem que a gestão da Associação Brasileira possui muitos desafios. No seu ponto de vista, quais são os principais a serem trabalhados com urgência?
RF: Minha meta é buscar a união da raça, buscar que todos, mesmo com suas diferenças, apoiem um plano onde a raça Holandesa (como associação) possa voltar a ser vista em todo Brasil com a imagem que nossa vaca merece.
JH: O Brasil é rico pelas suas variadas etnias. É possível trabalhar as características próprias de cada filiada?
RF: Sim, nosso país é muito grande, com muitas diferentes maneiras de se produzir leite, cada um tem uma forma de trabalhar, temos que respeitar essas diferenças e apoiar o que é bom e dar conselhos sobre que pode ser melhorado.
JH: Com a visão de associado e com contatos constantes com criadores de outras regiões, como a Associação Brasileira pode ser mais atrativa?
RF: Isso é um ponto chave para nossa administração, se tornar atrativa! Ninguém quer se associar ou estar em uma associação fraca. Ainda é um pouco cedo para falar de tudo que penso, cada coisa em seu momento, temos primeiro que resolver nossos problemas internos para depois definir como e quando fazer.
JH: Muitos não acreditam na importância dos serviços prestados pelas filiadas. Acham os valores altos e que é um gasto. O que me diz sobre essa situação?
RF: Todos tem o direito de pensar, mas poucos realmente se preocupam com nossa atividade, nossa classe não é unida, aliás, no Brasil poucas classes produtivas são alinhadas e unidas. Somos muitos, daí a grande dificuldade. Nossos serviços são primordiais em uma sociedade organizada, saber falar e ter dados reais, concretos e auditados tem muito valor, são muitas gerações analisadas em nosso sistema. A raça Holandesa tem com toda a certeza um dos maiores bancos de informação entre todas as raças de bovinos e são esses dados que ajudam a raça a evoluir.
JH: Durante a sua posse foi falado sobre uma reforma institucional. De que se trata?
RF: Isso por enquanto é um plano, pois não temos mais como tocar uma associação nos moldes de hoje. Todos nós, diretores, temos nossas obrigações, não recebemos nada pela função, e na maioria das vezes não conseguimos executar o que aprovamos em reunião, por isso a ideia de se criar a função de um executivo.
JH: Sempre com a agenda cheia, como pretende conciliar a gestão da Associação Brasileira ao seu dia a dia?
RF: Trabalhando a todo momento, quero focar minhas energias nesse início, para depois que tudo estiver organizado, as coisas puderem andar sozinhas. Nos meus negócios tenho uma boa equipe que me auxilia a todo momento, sei e estou vendo que não será fácil, por isso, temos que mudar o modelo de gestão das nossas associações.
JH: Qual a importância do diálogo entre as várias raças leiteiras?
RF: Todas são produtoras de leite, os desafios são os mesmos, o produto final é o mesmo. Só dando as mãos podemos ser mais fortes e capazes de fazer alguma mudança que todos necessitam, isso já está começando a acontecer na Abraleite.
FUTURO
JH: Quais serão os primeiros passos como presidente?
RF: Buscar a união, não só entre diretores e filiadas, mas entre todas as pessoas que de certa forma sobrevivem a partir da raça Holandesa. Queremos mudar os pensamentos. Quero andar pelo Brasil escutando as reivindicações de nossos sócios, quero visitar cada filial e conhecer nossa verdadeira realidade. Quero ser um presidente para a Raça Holandesa em todo o Brasil.
Temos muitos planos, já preparei um planejamento com 32 itens a ser trabalhados de início, mas a ideia é provocar uma grande discussão e com isso fazer uma reforma institucional, na qual queremos resgatar a essência da associação nacional.
JH: Como os criadores podem contribuir com a Associação Brasileira?
RF: Dando apoio às reformas que são necessárias, trazendo ideias, deixando a vaidade de lado, pensando nas necessidades e no bem comum.
JH: As exposições estão ficando cada vez mais difíceis de serem realizadas. Como mudar esse cenário? Ou como adequar a esse cenário de forma que não acabem?
RF: As exposições, como disse antes, são fundamentais para mostrar nosso trabalho, mas não podemos tratá-las como sendo a única coisa que a associação tem que fazer, temos que ter ciência que as coisas mudaram, a vaca está em constante mudança, a cabeça dos criadores também vem mudando, não acho que as exposições vão acabar, tudo é adaptação, sempre terão regiões com exposições.
JH: Muitas vezes é complicado trabalhar em conjunto, muitos criadores acreditam que podem levar a sua vida somente dentro da fazenda. O que me diz sobre essa colocação?
RF: Sozinhos seremos exterminados, no mundo de hoje essa realidade está em extinção.
Trabalho em equipe há muitos anos, sozinho eu estaria com 50 litros por dia, com equipe espero um dia ordenhar mais de 2.000 vacas, sozinho estaria bebendo meu leite, comendo meu queijo, em equipe espero um dia exportar leite, criar proteção para o produtor, incentivos fiscais, linhas de crédito para investimentos, projetos para beneficiar os produtores, parcerias com universidades, e com o tempo poder ter um modelo de negócio que acabe com os “espertos” e os que não são profissionais; ver uma cadeia sólida e organizada, isso só será possível em conjunto.
JH: Quais são os pontos fundamentais a serem observados para aqueles que estão iniciando na raça Holandesa e querem ter um futuro promissor?
RF: Andar cura ignorância! Ande, estude, busque um técnico capacitado para ajudar a fazer as orientações, planeje dentro de suas realidades. Não desanime nos primeiros desafios, seja perseverante.
JH: E para finalizar, quais são as características essenciais para ser um bom criador de gado Holandês?
RF: Ele deve ter sempre em mente que a vaca Holandesa é mais exigente que as demais raças leiteiras, ela produz muito mais leite, sendo assim tem que ter uma equipe no mesmo nível. Não dar um passo maior que a perna é fundamental, fazer um bom planejamento, enfim, criar uma estrutura condizente com seu negócio, onde sabemos que a margem é baixa, então aumente o volume e seja altamente eficiente.
Conheço pequenos produtores que são grandes, e grandes produtores que são pequenos, a diferença está na criatividade, no modo como conduz sua propriedade. Ser pequeno não é vergonhoso, é nobre, todo grande um dia foi pequeno, mas para isso temos que acreditar, estudar, buscar técnicos capacitados para apoiar suas ideias.