Associação tem novo Inspetor Técnico de Registro, o Dr. Rodrigo Sousa
A Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais – ACGHMG começa os primeiros meses do ano com muitas novidades e iniciativas que vem a agregar cada vez mais qualidade aos serviços da entidade junto aos seus associados. Investir em pessoal faz a diferença no campo. E tem gente nova já na estrada!
Nascido e criado em meio às vacas Holandesas e com imensa paixão pelo campo, Rodrigo Pires Alves de Sousa faz trajetória na pecuária leiteira. Com muito estudo e dedicação se embrenhou cada vez mais na raça. Casado, formado em Medicina Veterinária e Pós Graduado em Pecuária Leiteira, mora em Barbacena – MG e trabalha profissionalmente há mais de 14 anos.
Dr. Rodrigo é o mais novo Inspetor Técnico de Registro da Associação Mineira. “Entendo bastante os criadores, as suas angustias e prazeres, pois há pouco tempo eu recebia os técnicos da Associação Mineira, eu estava do outro lado,” comenta.
Para conhecer bem a função e saber todas as particularidades do cargo, Dr. Rodrigo passou por amplo treinamento teórico e prático, ministrado pelo Superintendente Técnico da ACGHMG, Dr. Silvano Carvalho Júnior, pelo Inspetor Técnico de Registro, Dr. Leonardo Rabello e pelo Diretor Executivo, Dr. Diego Charles de Almeida Santos. “Ao visitar uma propriedade é importante que todos da equipe conheçam bem os serviços da Associação Mineira para que possa apoiar e tirar as dúvidas dos associados, por isso o treinamento é tão importante”, comenta Dr. Diego.
O treinamento prático foi realizado nas instalações do Haras Primavera, da Fazenda Cachoeira e da Embrapa Gado de Leite.
Conheça um pouco mais da trajetória do novo Inspetor Técnico de Registro da ACGHMG, Dr. Rodrigo Sousa, a sua infância, formação, suas experiências, sonhos e visão da raça Holandesa.
Dr. Rodrigo também teve treinamento no Haras Primavera, do associado Guilherme Sarmento
JORNAL HOLANDÊS: Como surgiu o convite para trabalhar na Associação Mineira?
RODRIGO PIRES ALVES DE SOUSA: Havia pedido desligamento do meu antigo emprego e estava fazendo entrevista em algumas empresas, quando fiquei sabendo que a Associação iria contratar um técnico. Na mesma semana entrei em contato e passado algum tempo marcaram uma entrevista. A oportunidade surgiu e depois de alguns dias fui comunicado que seria contratado. Era em sonho antigo que acabou se concretizando.
JH: Qual a sua experiência com gado Holandês?
RS: Nasci e fui criado no meio de vacas Holandesas, meu avô era criador e juntamente com meu pai me passaram essa paixão pela raça, com isso cursei Medicina Veterinária para trabalhar com Holandês.
Apesar de frequentar o meio desde criança comecei a preparar animais para pista profissionalmente aos 16 anos, participei de exposições em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, iniciando, assim um contato mais estreito com os criadores e em meados de 2014 já estava quase me formando quando recebi o convite para atuar como Veterinário Residente na Poitara Genética, empresa onde trabalhei até dezembro 2017.
Quando tratamos de raças especializadas em produção de leite, a vaca Holandesa sempre será protagonista, aliando altas produções com uma precocidade sexual, persistência em suas lactações e um temperamento dócil faz com que esses animais tenham todos os requisitos necessários para a produtividade leiteira.
JH: Quais são os maiores desafios?
RS: Dentre vários desafios que temos no campo, um deles é o de levar conhecimento até o produtor de maneira responsável, o perfil do criador nacional está mudando, grandes rebanhos estão surgindo, contudo ainda existe muita carência de informação. Ferramentas como o Controle Leiteiro e a Classificação Linear para Tipo são de crucial importância para tomada de decisões dentro dos rebanhos. Vale destacar que grandes rebanhos atualmente utilizam esses serviços e o que quero é levar isso para todos de uma maneira que esses dados possam ser explorados ao extremo.
JH: Há pouco tempo você recebia os técnicos, como é agora estar do outro lado?
RS: Realmente, há pouco tempo estava do outro lado e talvez isso me faça entender melhor o que sentem os criadores, quais suas angustias e prazeres. Sei da responsabilidade de vestir a camisa e representar a ACGHMG, os melhores técnicos do Brasil passaram por aqui, estamos levando junto a nós, quando saímos para o campo, o nome da Raça Holandesa e não podemos errar.
Estou muito feliz com a maneira que fui recebido e com o nível de comprometimento e profissionalismo que me deparei quando me integrei a equipe. Todos trabalham com muito empenho e dedicação pela raça.
As ideias e a vontade de trabalhar são iguais, temos tudo para fazer um belo trabalho.
JH: Quando Médico Veterinário e gestor de uma fazenda, qual era a sua visão sobre os trabalhos realizados pela Associação Mineira?
RS: Eu sempre via a Associação Mineira como uma aliada na fazenda, as visitas de consultores e reuniões programadas eram sempre baseadas nas datas de recebimentos dos relatórios do Controle Leiteiro gerado pela ACGHMG. Utilizávamos o serviço de Classificação Linear para Tipo com o objetivo de nos direcionar quanto ao nosso plano genético e programar as gerações futuras. Todo o rebanho também era registrado, para validação de nossos resultados junto ao Ministério da Agricultura e como escrituração zootécnica.
JH: Quais as características fundamentais para ser um bom Inspetor Técnico de Registro?
RS: Creio que é ser organizado e comprometido com os trabalhos realizados no campo. Entender as exigências dos produtores, ser imparcial e conhecer a Raça Holandesa.
JH: Você começa a trilhar um novo caminho profissional. Quais são as suas metas?
RS: Tenho como objetivo levar as ferramentas que a Associação Mineira nos fornece a todos os produtores, fazer com que elas sejam exploradas da melhor maneira possível.
Levar conhecimento ao campo, de maneira responsável e profissional.
Fomentar os serviços da ACGHMG.
Acredito que sempre temos onde evoluir em um rebanho!
Dr, Rodrigo Sousa recebendo orientações do Superintendente Técnico da ACGHMG, Dr. Silvano Júnior na Embrapa Gado de Leite
A Associação Mineira agradece a todos que abriram suas portas e permitiram que o treinamento fosse realizado em suas fazendas.