O prazo vai até 30 de novembro e o produtor que não imunizar estará sujeito a autuação
Já começou a segunda etapa anual de vacinação do gado contra a febre aftosa em todo o território mineiro, quando deverão ser vacinados bovinos e bubalinos com idade de zero a 24 meses. Os associados da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais devem estar atentos, pois a vacinação é obrigatória, vai até 30 de novembro e deve ser declarada ao IMA até 10 de dezembro.
A vacinação é obrigatória e o produtor que não imunizar o seu rebanho estará sujeito a autuação de 25 Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais por animal, o equivalente a R$ 89,83 por animal. Nesta etapa deverão ser vacinados cerca de 10 milhões de bovinos e bubalinos em todo o estado.
O diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA, Thales Fernandes, reforça a importância da parceria dos produtores e das entidades representativas do setor para que todo o rebanho bovino e bubalino seja vacinado e, com isso, o estado continue livre da doença.
DECLARAÇÃO
O produtor deverá comprovar a vacinação de seu rebanho até o dia 10 de dezembro. O descumprimento dessa norma sujeita o produtor a autuação de cinco Ufemgs, o equivalente a R$ 17,96 por animal.
Este ano, o IMA solicita que o produtor entregue cópia do documento do Cadastramento Ambiental Rural – CAR no momento da declaração.
SAÚDE DO REBANHO
O gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, médico veterinário Guilherme Negro, ressalta a importância da vacinação para manutenção da saúde do rebanho e do reconhecimento internacional de zona livre com vacinação, obtido pelo estado junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Este status favorece o agronegócio e o acesso da carne bovina e dos produtos da bovinocultura de Minas a mercados internacionais, contribuindo de forma significativa para o Produto Interno Bruto (PIB) mineiro”, diz.
IMUNIZAÇÃO EFICAZ
O coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa no IMA, médico veterinário Natanael Lamas Dias, reforça a importância de realizar corretamente a vacinação, de forma a garantir eficácia na imunização dos animais “Entre os cuidados é necessário manter as vacinas contendo a dose de 2 ml armazenadas em temperatura entre 2 e 8 graus centígrados, desde o momento em que for adquirida em estabelecimento registrado, até a hora da aplicação”, explica.
MERCADO
Minas Gerais possui o segundo maior rebanho nacional de bovinos, com cerca de 23 milhões de animais, e detém o status de área livre de aftosa com vacinação desde 2001, concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Em 2018, o estado ocupou o quarto lugar no ranking nacional das exportações de carne bovina com US$ 604 milhões, ou 9,2% do total nacional. A China é o principal comprador do produto mineiro, com 59% do total das vendas externas.
A DOENÇA
A febre aftosa é causada por um vírus, altamente contagioso e que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional. A doença é transmitida pela saliva, aftas, leite, sêmen, urina e fezes dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas.
O IMA alerta que, se forem verificados animais com estes sintomas, o produtor rural deve imediatamente comunicar a unidade do IMA mais próxima de sua região.
O Instituto Mineiro de Agropecuária, vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Seapa, é o órgão responsável pelo gerenciamento e fiscalização da campanha junto aos produtores rurais.
Mais informações: www.ima.mg.gov.br
ATENÇÃO NA HORA DE VACINAR
- Aí vão dicas simples mas importantes para garantir a eficiência da vacina.
- Muita atenção na hora do transporte e armazenamento do produto.
- A vacina deve ser conservada em temperatura adequada, que é de 2 a 8 graus centígrados, desde a compra até a aplicação.
- Agitar o frasco da vacina antes da utilização e administrar a dose de 5 ml para bovinos através da via subcutânea ou intramuscular na região da tábua do pescoço (terço médio).
- Utilizar agulhas limpas e com bom estado de conservação.
- Zelar pela limpeza e assepsia dos equipamentos e instrumentais utilizados na vacinação, utilizando uma agulha exclusiva para a retirada da vacina do frasco, sem usá-la em nenhum animal para evitar contaminações.
- O frasco da vacina em uso também deve ser mantido dentro da caixa térmica, mesmo no curto intervalo de tempo entre o preenchimento das seringas, que devem ser mantidas sob o gelo, se houver líquido dentro.