CUIDADO POR ONDE ANDA…

Fique atento aos sete erros básicos que você não pode cometer com a manutenção do pedilúvio na propriedade

As lesões podais nos bovinos, além de afetarem negativamente o bem-estar animal, geram inúmeras perdas ao sistema produtivo. A dificuldade de locomoção impacta na ingestão de alimentos, na manifestação de comportamentos naturais (como o cio, por exemplo), nos índices reprodutivos e, consequentemente, na produtividade animal. Uma das formas de prevenção e tratamento dessas doenças é o uso de pedilúvios.

O pedilúvio nada mais é do que uma caixa contendo uma solução de desinfetante que tem o objetivo de desinfetar a pele próxima ao casco e o casco propriamente dito do animal. É bastante comum que haja queixas de produtores relacionadas ao pedilúvio. Por conta disso, é muito importante prestar atenção em alguns fatores e evitar erros no processo.


CONFIRA OS PRINCIPAIS ERROS E SAIBA COMO CORRIGI-LOS

1.

Diluição inadequada do produto. Seja em sulfato de cobre ou em formol, a solução deve conter de 3 a 5% de desinfetante na diluição. Acima dessa quantidade, o produto pode irritar muito a pele do animal.

2.

Mau dimensionamento do pedilúvio. A caixa deve ter em torno de 2 metros de comprimento ou um pouco mais, para que o animal possa dar pelo menos dois passos na solução desinfetante.

3.

Quantidade inadequada de animais que atravessam um pedilúvio de passagem. Em uma caixa de 200 litros, o máximo de animais que podem passar são 130. Ultrapassando esse número, as vacas estarão passando por uma solução de sujeira, e os problemas podais começarão a aparecer.

4.

Profundidade incorreta do pedilúvio. A solução desinfetante deve alcançar a sobreunha do animal (unha que fica logo acima do casco), já que essa está sujeita a lesões. Existe uma lesão chamada dermatite digital, que é a principal lesão que se consegue prevenir com o uso do pedilúvio. Essa lesão podem acontecer até a altura da sobreunha. Por esse motivo, são recomendados pelo menos 15 centímetros de profundidade para a caixa.

5.

Acúmulo de sujidade no casco do animal. A camada de sujeira muito espessa impede a ação do desinfetante na pele e em parte do casco, o que diminui a eficácia do pedilúvio.

6.

Frequência do pedilúvio. Para animais em confinamento, o processo feito três vezes por semana (adequadamente, de acordo com os pontos citados acima) é o suficiente para manter a dermatite digital controlada no rebanho. Para aqueles que estão em piquetes, uma vez por semana é suficiente. Em casos de animais que estiveram no barro e com acúmulo de sujeira, o ideal é que os cascos sejam lavados antes de entrar no pedilúvio.

7.

Usar o pedilúvio como tratamento de lesões. O pedilúvio é um processo feito para prevenção de lesões nos cascos. Quando um animal já está com alguma irritação, ela primeiro deve ser tratada. O animal ferido não deve passar pelo pedilúvio (idealmente), já que o desinfetante atrasa e prejudica o processo de cicatrização.

Seguindo estes passos corretamente, é possível prevenir a dermatite digital e várias outras lesões em seu rebanho.

Fonte: Educapoint/Milkpoint