A demanda pelo seguro de bovinos cresceu principalmente nos animais de elite
Muita chuva e altas temperaturas, assim é o verão, a estação do ano mais propícia a grande quantidade de raios. E as histórias se repetem…Todos os anos somos surpreendidos com notícias de propriedades rurais que perderam lotes de animais devido aos raios provocados pelas chuvas e pela estação. Segundo o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica do INPE, Instituto de Pesquisas Espaciais), de cada quatro mortes de animais provocadas por raios, três ocorrem na primavera e no verão. No Brasil, a incidência de raios (média de 77,8 milhões de raios por ano) é intensa e muitas fazendas sofrem com seus prejuízos.
Como boa parte dos rebanhos brasileiros é criada em espaços abertos, e passam boa parte do tempo em pastagens, os riscos são ainda mais elevados. De acordo com o Elat, dentre as ocorrências mais comuns, as atividades rurais são as que mais sofrem com os raios, representando 25% dos relatos. Confira no gráfico.
Hoje há alguns sistemas contra raios que ajudam na redução dos riscos de acidentes, dentre eles, aterramento, Gaiola de Faraday, para-raios tipo Franklin e outras medidas, como por exemplo, o uso de aço galvanizado em algumas edificações da propriedade.
A demanda pelo seguro de animais cresceu 15% no último ano e um dos motivos é o aumento da perda de animais por acidentes com raios. A proteção de bovinos e equinos ganhou volume principalmente nos animais de elite, como reprodutores de centrais de inseminação e doadoras, animais que participam de pista e campeões nas avaliações genéticas.
“Mesmo com todo o cuidado possível, o rebanho acaba ficando exposto de alguma maneira nas fazendas. Em caso de óbito do animal, além da perda genética há a perda financeira”, afirma Karen Matieli, sócia-proprietária da Denner Seguro de Animais e membro da Comissão de Seguro Rural (Sincor-SP). Segundo ela, o custo do seguro varia de acordo com o risco, ou seja, raça, idade, valor e localidade.
Fonte: Milkpoint
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