SEIS DICAS PARA ENFRENTAR O VERÃO

Medidas que minimizam o efeito da alta temperatura na produção de leite

Dando continuidade a nossa série sobre o verão, a edição traz seis dicas básicas para o criador estar atendo e sair bem nesse verão que promete temperaturas muito altas nesse ano. O calor chegou com força em grande parte de Minas Gerais e do Brasil, por isso é importante estar atento a algumas medidas de manejo que podem minimizar os efeitos adversos do calor na produção de leite.

A ração deve ser misturada duas vezes ao dia. Durante as partes mais quentes do ano, as misturas TMR (ou silagens) devem ser misturadas ou fornecidas pelo menos duas vezes ao dia. A mistura menos frequente permite que os alimentos aqueçam no vagão e no cocho, o que pode fazer com que as vacas comam menos. Menos alimento consumido geralmente resulta em menor produção de leite. Misturar uma vez por dia pode ter sido uma opção durante as partes mais frias do inverno, mas não é uma opção quando as temperaturas começam a subir. Para aqueles com áreas de alimentação externa, o fornecimento de sombra sobre o cocho e em outros locais ajuda a manter as vacas mais frescas e as encoraja a comer durante o dia.

As vacas comem a maior parte da ração durante a noite, quando as temperaturas tendem a diminuir e as vacas conseguem se resfriar. Com as diminuições nas temperaturas durante a noite, as vacas tendem a consumir mais ração durante as primeiras horas da manhã. A chave aqui é garantir que haja alimentos de qualidade disponíveis quando as vacas quiserem comer. Durante as partes mais quentes do verão, as vacas podem consumir quase 70% de sua ração durante a noite/madrugada. Assim, os tamanhos dos lotes precisam ser ajustados para esta mudança chave no consumo de ração durante diferentes partes do dia.

O uso de ventiladores e aspersores podem ajudar as vacas a se refrescarem no curral, nas áreas de alimentação e nas áreas de descanso. Com o aumento da temperatura (e umidade), as vacas sofrem estresse por calor. O resultado final é que o estresse por calor resulta em vacas comendo menos, fertilidade reduzida e produção de leite diminuída. O estresse por calor pode ser reduzido colocando aspersores (que molham o pelo da vaca) e ventiladores em currais. Os aspersores são colocados em um cronômetro e funcionam aproximadamente por 2 minutos e desligados por 10-12 minutos. Os ventiladores funcionam continuamente. Além disso, os ventiladores são colocados sobre os free stalls ou área de descanso. Os ventiladores devem ligar automaticamente quando as temperaturas são superiores a 21 ° C.

Faça novo balanceamento das rações com novas forragens. Novas forragens devem ser analisadas e esses resultados usados para equilibrar as rações. Além disso, com a alimentação de verão, os equilíbrios minerais (por exemplo, potássio) são levemente alterados para levar em conta não apenas a composição de nutrientes de novas forragens, mas também os estresses associados ao calor.

Minimize o estresse por calor em vacas secas próximas ao parto ou dentro de 3 semanas após o parto. A sombra e o acesso a ventiladores e aspersores são os mais críticos durante esse período próximo ao parto. Minimizar o estresse nesse grupo de bovinos é fundamental que eles tenham boa produção de leite bem durante a próxima lactação. Permitir que essas vacas (e possivelmente as demais vacas secas) tenham acesso aos ventiladores e sistemas de aspersão uma vez ao dia pode ajudar a reduzir o estresse térmico nessas vacas. A redução do estresse também inclui fornecer sombra (o que não resulta em aumento da incidência de mastite por deitar no estrume acumulado na área sombreada), além de espaço adequado para descanso e no cocho.

Certifique-se de que as novilhas no pasto tenham forragem adequada e bastante água fresca e limpa. As gramíneas de estação fria são mais sensíveis às deficiências de água do solo e têm um crescimento ideal com temperaturas entre 18 e 25 °C. 

FONTE: Educapoint – Baseado no artigo Six Key Critical Management Summertime Practices, de Donna M. Amaral-Phillips.