Damião Condé se aposenta e ressalta que foram anos de aprendizagem e bons amigos
30 anos no campo e nas estradas do Brasil. O Supervisor do Serviço de Controle Leiteiro – SCL da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais – ACGHMG e Técnico em Agropecuária, Damião Arrighi Condé completou 30 anos de trabalho sério. “Eu já aposentei (risos), mas a Associação pediu para apoiar até junho os profissionais de campo, dando um prazo melhor para a entidade se reorganizar e não desfalcar a equipe. Vou completar 31 anos de trabalho em setembro e apenas um ano e meio deles não foram pela ACGHMG.”
Sempre com um sorriso no rosto, muita simpatia e simplicidade, ele conversou com a equipe do JORNAL HOLANDÊS e contou um pouquinho sobre seus planos para o futuro e momentos que marcaram sua trajetória.
Durante sua trajetória na entidade, ele atendeu a raça Holandesa e também os caprinos que possuem parceria com a entidade, visitou criadores em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. “Sem desmerecer as outras raças, o gado Holandês é especial para mim. O que eu tenho hoje dou graças a Deus, a minha saúde e ao Holandês. Não somente as coisas materias, mais as amizades e o que eu conheço e sei sobre a vida. Fiz muitos amigos em todos os locais que passei. Sou amigo e respeito o trabalho de todos na fazenda. Como lido mais com a ordenha possuo um carinho especial com essa turma.”
Ao ser perguntado sobre um momento que emocionou, ele ficou pensando, pois foram muitos, mas lembrou em especial de uma visita que realizou no ano passado na fazenda do associado Eudes Braga. “Quando ele me chamou para fazer um serviço na fazenda para um leilão, esse chamado pareceu que veio do céu, durante meu trabalho identifiquei que a média dele que já era muito boa, havia melhorado. Quando eu estava conversando em seu escritório ele fez o seguinte comentário: “Damião quando eu comecei, você lembra, veja onde eu cheguei! E devo isso ao serviço prestado pela Associação e ao seu serviço. E hoje estou colocando um gado, feito aqui na fazenda, com essa média em leilão.” Damião comenta com lágrimas nos olhos: “Foi emocionante ver a trajetória de crescimento de uma fazenda e ouvir do seu proprietário palavras de reconhecimento e de agradecimento pelo belo trabalho executado e como realmente ele foi importante e fez a diferença.”
Segundo ele, para ser um bom Supervisor de Controle Leiteiro é fundamental ser honesto, amigo, sincero, participativo e compreensivo. E assim foi a sua trajetória pelas estradas desse país atendendo sempre com presteza e pontualidade todos os criadores.
Planos para o futuro? Ele pretende voltar a investir no sitio da família, tirar leite e fazer cursos sobre inseminação, pois quer investir desde cedo da forma correta. “Temos que valorizar o que os meus avós e pais deixaram.”
Os associados ainda poderão encontrar com ele no campo. Com sua larga experiência e paixão pelo serviço, a pedido do Diretor Executivo Dr. Francisco Otaviano Oliveira, ele irá atender até junho desse ano. E como ele mesmo diz: “Eu estou saindo da Associação, mas ela não sai de mim…”